Museus em Movimento: história pública em Ouro Preto e Mariana

Coordenação: MARCELO SANTOS DE ABREU (marcelo.abreu@ufop.edu.br)

Assessoria: Ações usuais de Extensão - Comitê de Extensão

Setor: DEPARTAMENTO DE HISTORIA (DEHIS)

Resumo: A proposta dará continuidade ao projeto/ação anteriormente intitulado como “Museu da Inconfidência e direito à história: pesquisa do acervo e curadorias compartilhadas com os movimentos culturais de Ouro Preto”, realizado em 2023. Assim, seguiremos nos exercícios de  práticas de inventário participativo e curadoria compartilhada para a promoção de perspectivas históricas alternativas acerca dos acervos e esposições dos museus de Ouro Preto e Mariana, particularmente o Museu da Inconfidência e o Museu de Mariana. Demandando maior presença e representação nos espaços públicos e o direito à memória e história, povos originários, mulheres, negros, população LGBTQIA+, entre outros, têm participado ativamente da reconfiguração dos museus de história através de curadorias compartilhadas de exposições e coleções, políticas de aquisição etc. Tais ações estão em sintonia com a Política Nacional de Museus e a nova definição de museu aprovada recentemente pelo ICOM, que ressalta o seu caráter democrático, comprometido com a diversidade, sustentabilidade e a inclusão. Em Ouro Preto e Mariana, identificamos movimentos culturais engajados na reelaboração da história local e que incidem na vida cultura da cidade como a Mina do Veloso e demais minas convertidas em patrimônio, o coletivo Palma Preta, as guardas de congado e moçambique, como a Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, os coletivos de musica TT1 e a Batalha das Gerais entre outros. . Nossa intenção no projeto é colaborar efetivamente com esses grupos tomando os museus como lugar de investigação e ação coletivas reunindo pesquisadores da universidade e desses movimentos tendo em vista a configuração de roteiros pedagógicos, novas configurações das exposições e usos do acervo que questionem o cânone da história nacional presente no museu e afirme perspectivas e protagonismos  dos grupos subalternizados. O trabalho coletivo proposto se alinha aos princípios da autoridade compartilhada que caracterizam a história pública como movimento colaborativo para a democratização da história e seus lugares de produção.