Coordenação: VERONICA MENDES PEREIRA (veronica.pereira@ufop.edu.br)

Assessoria: Ações usuais de Extensão - Comitê de Extensão

Setor: Departamento de Educação (DEEDU)

Resumo: O curso de extensão “A Experiência diaspórica das/dos professoras/es  da  Escola Estadual Indígena Pataxó Muã Mimatxi e da Escola Municipal de  Bento Rodrigues”  tem como objetivo possibilitar a troca de experiências entre a Escola Estadual Indígena Pataxó Muã Mimatxi e a Escola Municipal Bento Rodrigues, a partir dos “Tehêys de Pescaria do Conhecimento”, literatura produzida pela indígena, professora e educadora dona Liça Pataxoop. Essa proposta está vinculada à pesquisa interinstitucional “Promoção da igualdade de gênero no contexto da pandemia da COVID-19: ações na Escola Municipal Bento Rodrigues”. Essa formação justifica-se pelas contribuições dos saberes  indígenas  para elaboração de resistências às violências produzidas  pela colonialidade, sobretudo aquelas direcionadas à população subalternizada e seus territórios. Nesse sentido, a aproximação entre a comunidade de Bento Rodrigues, que em novembro de 2015 foi impactada pelo rompimento da Barragem de Fundão, e atualmente aguarda o reassentamento para o “Novo Bento” e a Aldeia de Muã Mimatxi, comunidade construída pelo casal  Liça Pataxoop e Kanatyo Pataxoop e a sua família, população que vivenciou  um difícil processo diaspórico entre os estados da Bahia e Minas Gerais, apresenta-se como um espaço   para a troca de experiências e formação, com vistas a construir ferramentas para auxiliar a comunidade e a escola de Bento Rodrigues durante o processo de reassentamento, bem como reafirmar a centralidade dos saberes dos povos indígenas para a elaboração de estratégias de cuidado e Bem Viver. Para tanto, serão realizados  três encontros formativos no formato remoto,  por meio da Plataforma Google Meet e uma visita visita a Escola Estadual Indigena Pataxó Muã Mimatxi, localizada em Itapecerica (MG). Como resultado, espera-se: 1) promover o encontro entre as/os professoras/es das duas escolas; 2) Estabelecer, por meio do “Tehêys de Pescaria do Conhecimento”, parcerias  para o processo de reassentamento; 3) Produzir um E-book para compartilhar com   a comunidade acadêmica, as escolas envolvidas e a comunidade externa os produtos elaborados durante o curso.